segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aos velhos tempos....

É, meus amigos. Aqueles 3 anos no Aprígio pareciam tão longos, tão intermináveis. Mas agora parecem tão distantes!
E eu estou fazendo agora o que eu jamais imaginei que faria um dia. Um post sobre a minha saudade daquela época.
Sim, saudade. Porque lá eu podia sentar no chão, comer fofura, fazer guerra de farelo, agir como idiota e não tinha muitas responsabilidades. Podia resolver "hoje não quero ir pra escola" e ficar a toa por aí.
Um dia desses, passando casualmente no metrô, calhou de ser o horário de saída da escola. Vi os alunos uniformizados correndo pra alcançar o ônibus e rindo muito. Senti um acesso de melancolia: "era pra eu estar saindo da escola agora. era pra eu estar falando sobre qualquer coisa estúpida e preocupada com a prova do livro da semana que vem. mas eu estou aqui voltando de uma agência de emprego.... sem um emprego!"
Essa história de crescer é uma grande injustiça. Te dá o melhor da vida logo de saída e depois faz você passar o resto dela relembrando de como era bom. Não poderia ser ao contrário?


Gabri

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

c'est la vie

Poxa, o cara roubou pra comprar o remédio da mãe dele!

Chorava, dizia: "Mãe, me desculpa, eu não sou homem, eu não tenho trabalho, eu sou um nada!"

Ele não aguentou ver a mãe sangrando e coçando, devido ao câncer de pele, sem os medicamentos necessários. Sem dinheiro, sem alternativa, forçou um homem a comprar os remédios na farmácia.

A culpa é de quem?

O ator Fábio Assunção estava passeando com um traficante hoje. Velhos amigos, sabe como é. A polícia viu, ele foi detido, prestou depoimento como testemunha por cerca de 2 horas e depois foi liberado.

É tudo tão miserável.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

reflexão sobre o consumismo.

É com imensa tristeza que vos digo: há pocas coisas nesse mundo que não podem ser compradas.
As Chiquititas cantavam bem assim: "não se compra um sorriso nem se vende o coração...", alguém lembra? Pois eu lembro e, sabem, elas estavam certas. É impossível comprar sentimentos.
Mas, enfim, vamos ao consumismo.
É muito deprimente ir ao shopping. Acho que é mais deprimente do que ir a um enterro, porque num enterro as pessoas são mais verdadeiras...
O shopping é o monumento máximo da futilidade e é lá que as pessoas sempre acabam gastando demais.
É claro que é muito gostoso sair com seu dinheirinho e comprar uma roupa nova, um perfume ou um livro, quem sabe. Entendam, não estou condenando os que o fazem; o errado é gastar sem medida com o que não vale a pena!
Não há nada mais absurdo do que entrar numa loja e comprar vários pares de sapato, sendo que a gente só tem dois pés. E é indiscutivelmente INACEITÁVEL que a justificativa do consumismo desenfreado seja um suposto sentimento de prazer, saciedade ou bem-estar.
O que faz bem de verdade é poder ajudar o semelhante. Mas não com dinheiro, não... Com o coração. Aquele que tiver a sabedoria para entender isso poderá desfrutar de toda a alegria dessa vida, mesmo sem um tostão no bolso!
Eu não me importo que me chamem de idiota ou sonhadora demais.
Então, eis a melhor sensação do mundo: fazer o bem. Essa é a verdadeira felicidade, aquela que não depende de experiências exteriores, a sublimação do espírito!


A segunda melhor sensação do mundo é a de plantar uma árvore. Então, bora lá!
Beijos, até a próxima!

sábado, 5 de janeiro de 2008

vestiba! tô ficando besta.













Essa daí é a Amélie Poulain.
Eu sou a Ana Carolina e amanhã vou fazer uma droga de prova que pode mudar a minha vida.
Aliás, farei provas durante três dias.
Torçam por mim, meus amigos?

Amo a todos, plantem uma árvore hoje,

aloha.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

aaaaaaaaaaaaaah!

Passei pra 2ª fase da USP! Obaaaaa!! E vários amigos passaram também!
Parabéns pra todo mundo!

Meus sinceros agradecimentos a todos que acreditaram e torceram por mim. E agradeço a quem não torceu também! Amo todos vocês, todos! (falando como se já tivesse passado, panacaaa! haha)
Bem... Dizem que agora é mais difícil... Sorte, companheiros, sortee!

Hei! Um alô especial pra aniversariante do dia, Gabri, grande Gabri! Amiga de longa data, presente em vários momentos da minha vida!
Tudo de bom pra você, Gabrii, tudo de boooom!

"Hoje o céu está tão lindo e...
Faz chuva!"

Aloha! Plante uma árvore!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

agonia!

Nosso Tempo - Carlos Drummond de Andrade

"Este é tempo de partido,
tempo de homens partidos.

Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra.


(...)"

Preocupada com o vestibular! Quem diria, eu! Que nunca liguei pra notas, estudos... Estou amadurecendo.
Será que eu passei pra 2ª fase? Será? Aiii, dúvida mais cruel!
Em breve mais postagens, companheiros! Desculpem a falta de atenção ao blog.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

se LIGA!

Talvez muitos não saibam, mas canais de rádio e TV não são propriedade dos grupos de comunicação. São concessões públicas, dadas pelo Poder Executivo e pelo Legislativo a organizações que pretendem explorar o serviço da radiodifusão. Como qualquer pessoa pode assistir televisão ou ouvir rádio, a programação deve ser regulamentada pelo estado.
As concessões têm tempo limitado - 10 anos para rádio e 15 pra TV. Durante esse tempo as emissoras devem cumprir obrigações muito importantes, por exemplo: dar prioridade à programação educativa, artística, cultural e informativa. Mas o que realmente acontece? Quando ligamos a TV a programação é sempre a mesma: esporte, humor, auditório, novelas. E jornais que, sinceramente, não são nada imparciais.
A legislação existe, mas não é cumprida! Não há fiscalização, emissoras mostram o que quiserem e ninguém as pune por isso. E, pasmem, só aqui no Brasil a renovação das concessões é automática, sem critérios nem avaliações do serviço prestado. Está ERRADO! A TV não é deles, a TV é do povo! Temos o direito e o dever de escolher o que queremos ou não assistir. Lutemos.
Muitos acusaram Hugo Chávez de autoritário por não renovar a concessão da Radio Caracas Televisión (RCTV), acusaram o governo venezuelano de "Violar a liberdade de expressão". Mas ninguém noticiou que essa mesma emissora já foi suspensa muitas vezes pelo Poder Judiciário por veicular informações falsas, pornografia em horário inadequado, violação dos direitos humanos e trabalhistas. Assim como algumas emissoras aqui do Brasil! A concessão automática tem que acabar, o povo deve participar das decisões que são tomadas pelo governo no país.

Há um site interessante, que pode informar-lhes melhor sobre esse assunto e mostrar algumas mobilizações nacionais a respeito. É dele o seguinte fragmento:

Pauta de reivindicações
As reivindicações imediatas da Campanha por Democracia e Transparência nas Concessões de Rádio e TV são as seguintes:
- ações imediatas contra as irregularidades no uso das concessões, tais como excesso de publicidade, outorgas vencidas e emissoras nas mãos de deputados e senadores.
- fim da renovação automática: por critérios transparentes e democráticos para renovação, com base no que estabelece a Constituição.
- instalação de uma comissão de acompanhamento das renovações, com participação efetiva da sociedade civil organizada.
- convocação de uma Conferência Nacional de Comunicação ampla e democrática, para a construção de políticas públicas e de um novo marco regulatório para as comunicações.

Pessoal, espero que tenham entendido a mensagem que quis passar e lembrem-se: o Brasil é nosso! Não se conformem!

Ah! O site: http://www.intervozes.org.br/

terça-feira, 6 de novembro de 2007

é de lágrima...

Minhas sinceras desculpas a todos os camaradas que lêem o blog (pouquíssimos, quase ninguém, por sinal) por ter ficado tanto tempo sem postar. É que eu estava muito triste.
Sabe quando você gosta demais de uma pessoa e não quer que ela vá embora? Egoísmo, muito egoísmo. O meu avô sofreu demais. E agora ele se foi...
Não é justo desejar que uma pessoa muito doente fique perto da gente pra sempre. Mas dói perder um alguém querido, como dói!
Um dia eu escrevo um livro sobre ele. Vou dizer para todo o mundo tudo que ele foi, e sempre será para mim: um avô inesquecível.

"O meu semblante está enxuto.
Mas a alma, em gotas mansas,
Chora, abismada no luto
Das minhas desesperanças..."

(Manuel Bandeira - Cartas de meu avô)

Mas vai passar, tudo passa! Eu sei que ele está em um lugar melhor agora. Bem melhor que a gente. Antes eu não acreditava, mas agora eu sei.
Descansa em paz, vô Zé.
Que saudade do senhor...

sábado, 20 de outubro de 2007

cotidiano

Na frente da minha casa mora uma senhora com sua sobrinha. Na verdade a sobrinha nunca está em casa, ela vive por aí e tem vários filhos, que deu para a tia cuidar.
O nome dessa senhora é Hilda.
A D. Hilda é muito simpática com os vizinhos e bastante amável e tolerante com os filhos da sobrinha. Só de vez em quando ela perde a paciência, porque as crianças são terríveis. Mas, de certa forma, elas fazem companhia para a senhora que vivia solitária.
Ela nunca se casou, nem teve filhos; durante muitos anos morou sozinha naquela casa. Aliás, morava com seus passarinhos e uma cadela, que eu ajudei a dar banho algumas vezes.
A senhora dificilmente aparece na rua e a casa só possui uma janela, que agora está cheia de grades por causa das crianças. O menino maior gosta de ficar olhando o que acontece do lado de fora pelas grades da janela, tem dias que ele passa horas e horas lá. A minha mãe diz que ele lembra o meu irmão quando pequeno, só via a vida pela janela da casa...
A menina menor nasceu há poucos meses e está sempre chorando. Deve sentir falta da mãe, ou do leite da mãe... O menino maior nem chora mais.
Às vezes, a senhora senta-se na sua calçada e fica olhando pro céu durante um tempão. E eu fico imaginando o que ela deseja naquele momento. Será que ela está esperando alguém chegar?
Eu não sinto pena da D. Hilda, pelo contrário, a admiro por ser uma mulher forte que cuida dos filhos da sobrinha irresponsável. É bom conversar com ela. E eu sei que ela se parece demais comigo, porque vive só e sente a imensa necessidade de um amigo...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Haile Selassie

DISCURSO DE SELASSIE NA LIGA DAS NAÇÕES EM 1936
Texto esse que serviu de inspiração para a música “War” que se tornou um dos maiores clássicos de Bob Marley.

Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada; enquanto não deixarem de existir cidadãos de primeira e segunda categoria de qualquer nação; enquanto a cor da pele de uma pessoa não for mais importante que a cor dos seus olhos; enquanto não forem garantidos a todos por igual os direitos humanos básicos, sem olhar a raças, até esse dia, os sonhos de paz duradoura, cidadania mundial e governo de uma moral internacional irão continuar a ser uma ilusão fugaz, a ser perseguida mas nunca alcançada. E igualmente, enquanto os regimes infelizes e ignóbeis que suprimem os nossos irmãos, em condições subumanas, em Angola, Moçambique e na África do Sul não forem superados e destruídos, enquanto o fanatismo, os preconceitos, a malícia e os interesses desumanos não forem substituídos pela compreensão, tolerância e boa-vontade, enquanto todos os Africanos não se levantarem e falarem como seres livres, iguais aos olhos de todos os homens como são no Céu, até esse dia, o continente Africano não conhecerá a Paz. Nós, Africanos, iremos lutar, se necessário, e sabemos que iremos vencer, pois somos confiantes na vitória do bem sobre o mal.

JAH BLESS YOU.